Retorno à Academia: A Jornada Entre Pesos, Oração e Vergonha na Cara
Hoje finalmente ocorreu meu Retorno à Academia. A frase pode até parecer repetitiva, porque nos últimos tempos eu sempre me via voltando – mas, curiosamente, nunca permanecendo. Só que, desta vez, decidi que é para valer. Já tive várias fases de motivação intensa no passado, mas, por algum motivo que ainda estou tentando entender, me tornei um “vagabundo” quando o assunto é treinar. Engraçado, porque eu vivia orando todo dia e falando: “Bora treinar, Senhor? Então vamos!”.
A realidade é que a vida muda, a gente se ocupa com outras coisas e, quando percebe, lá se foi o pique de malhar firme. Comecei a relaxar justamente no sétimo semestre de Medicina – o mais puxado, cheio de provas, práticas e pressões. Poderia dar mil desculpas para justificar essa pausa eterna: falta de tempo, cansaço extremo, problemas pessoais, aquela fase delicada de saúde mental… Mas, no fim, Deus já me ensinou: “Sustenta tuas gracinhas“. Em bom português, se eu comi igual um boi e fugi da academia, agora é com as minhas próprias pernas (ou com a força que restou delas) que preciso encarar o Retorno à Academia.

Como eu mesmo brincava, virei “o técnico de inspeções” da academia: aparecia uma vez por mês, dava uma voltinha para checar se os aparelhos estavam no lugar, fazia uma selfie básica para não perder o costume e vazava rapidinho.
Até que, dias atrás, tive um papo sério com Deus. Aquela conversa de “olha, já deu, né?”. E Ele, paciente como sempre, mas também firme, me fez ver que eu precisava criar vergonha na cara. O problema nem era mais o visual (embora eu não negue que ter uma barriguinha sarada seria legal), mas a saúde estava em jogo. Meu joelho esquerdo, já operado duas vezes, anda reclamando e, de tanto não cuidar, o direito já está praticamente sustentado por um milagre divino.
Claro que Deus vinha me avisando. Mas, sabe aquela mania de não ouvir? Pois é, fiz isso repetidamente. A consequência é óbvia: se eu insistir em não treinar, daqui a pouco nem no Beach Tennis vou conseguir me divertir – o que já aconteceu com a corrida, inclusive.
Então, desta vez decidi: “Melhor obedecer“.
Sumário
A Decisão de Retorno à Academia: Entre a Timidez e a Determinação

Se tem algo que me incomoda quando penso em academia é o receio de estar fazendo tudo errado. Sou tímido, gosto de me virar sozinho, mas sempre rola aquele pensamento: “Ih, será que estou pagando mico?” Basta alguém olhar que já disparo um “Senhor, me apruma, ajuda aqui na correção”, internamente, tentando manter a cara de “tudo sob controle”.
O engraçado é que, lá no fundo, eu sei que Deus me deu vários sinais de que eu pegava pesado demais ou fazia algum exercício de maneira errada nas minhas idas anteriores. E dessa vez, para não repetir o erro, tracei um plano de treino com todo cuidado e, claro, com muita oração:
- Manter o foco no movimento correto
- Ir com calma e devagar
- Sem pressa e sem exagerar no peso
Montar esse plano foi essencial para me sentir seguro no Retorno à Academia. Nada de querer colocar mil quilos no supino logo de cara e depois sair gritando de dor. A gente queima etapas, se machuca e aí pronto – arruma mais uma desculpa para não voltar.
Além disso, organizei a rotina da semana para não sobrecarregar nem meus músculos nem minha mente:
- Segunda, Quarta e Sexta: Pernas e Ombro
- Terça e Sábado: Peito e Tríceps
- Quinta e Domingo: Costas e Bíceps
Parece simples no papel, mas, na prática, é como se eu tivesse um verdadeiro cronograma militar. A ideia é não deixar nada solto: se eu sei que, na segunda-feira, é dia de agachar, me preparando psicologicamente, não importa se estou com preguiça ou se choveu canivete. Vou lá e faço – pois, quando se tem disciplina, metade do caminho está andado.
O Primeiro Dia de Retorno à Academia: Dividindo o Treino com Deus

Hoje foi o tão esperado primeiro dia do Retorno à Academia. Ou melhor, a enésima “primeira vez”, mas estou confiante de que será a definitiva. Da última vez que eu estive firme na academia, eu levava tudo muito a sério. Era daqueles que até pesava comida para contar a quantidade de proteínas ingeridas no dia, vivia de Whey Protein e ainda recomendava suplementos para amigos (Deus que cuidou muito de uma que quase matei ofertando Beta-Alanina – mas a culpa não foi minha, ela que tomou errado).
Cheguei na academia com uma mistura de empolgação e medo. Sabe aquela sensação de quando você volta para um lugar familiar, mas sente que está tudo diferente? Pensei: “Será que vão me reconhecer como ‘o técnico de inspeções’? Vão comentar algo do tipo ‘olha, sumido, resolveu treinar agora?’”.
A verdade é que as pessoas estão mais preocupadas com o próprio treino do que com a gente. Então, tá tudo na minha cabeça. Eu mesmo crio o fantasma da timidez.
O Treino
Meu Retorno à Academia começou pela extensora, com muita irritação pois estavam usando meu Leg. Enquanto me preparava para iniciar, conversava internamente com Deus:
- “Senhor, vou começar aqui, e peço que me guie para eu fazer certo e não me machucar. Que eu tenha sabedoria pra parar quando precisar e coragem pra continuar quando bater preguiça.”
E assim foi. A cada exercício novo, uma nova micro-prece na minha mente, pedindo proteção e também coragem para não desistir.
Depois, passei para a cadeira flexora, sempre observando o limite de peso. Lembrei das minhas orações: “Sem exagerar, sem pressa.” E confesso que, embora seja meio frustrante não empilhar mil anilhas como eu fazia antes, também é um alívio saber que não vou me arrebentar amanhã por ter sido imprudente hoje e vou jogar meu Beach Tennis feliz da vida. Assim fui dando sequencia no meu treino do dia.
Em um determinado momento, vi de relance um outro aluno me olhando. Na hora, a timidez gritou: “Ai Senhor, será que tô fazendo algo errado?”. Mas respirei fundo e confiei no meu bom senso. Se algo estivesse muito esquisito, provavelmente alguém teria se aproximado para me alertar – ou, no mínimo, eu sentiria alguma dor estranha. Se a pessoa não falou nada, ou eu estava mandando bem, ou ela estava distraída me confundindo com outra pessoa.
A “Correria” Final do primeiro dia de Retorno à Academia

No fim do treino, precisei sair correndo (literalmente) para cortar o cabelo. Fiquei com medo de não dar tempo. Já estava bem no finalzinho, o último exercício, e pensei: “Se eu terminar esse exercício com pressa, posso fazer errado e me machucar”.
Equilibrei as coisas nesse Retorno à Academia: fui embora e decidi fazer um exercício a mais na quarta feira, que será um treino de pernas e ombros novamente. Despedi-me rapidinho dos aparelhos e saí correndo para a barbearia. “Desculpa, Senhor, mas hoje vou ter que apressar esse fim de treino por causa do cabelo. Na próxima vez eu planejo melhor o horário.”
Saúde, Fé e Persistência
Essa aventura de Retorno à academia me fez refletir bastante. Primeiramente, sobre a importância de cuidar do corpo. Não se trata só de estética. É saúde pura. E, quando me dei conta de que meus joelhos estavam literalmente por um fio, percebi que eu precisava agir.
Além disso, vejo o quanto a timidez pode ser um inimigo silencioso. Ela cria barreiras na nossa cabeça, faz com que a gente se ache errado ou despreparado. A verdade é que todos estamos aprendendo, e na academia não é diferente. A maioria das pessoas também não tem um personal trainer ao lado 24 horas. Então, cada um se vira como pode, com a ajuda de vídeos, dicas e observando os outros. Se todo mundo pode, por que eu não posso também?
Por fim, entendi que ter Deus como parceiro de treino é fundamental para mim. Não é necessariamente algo físico, mas é uma companhia espiritual que me dá calma e força. É como se Ele estivesse me dizendo a cada repetição: “Vai, meu filho, dá pra fazer mais uma!” ou “Melhor parar agora e não se machucar”.
A Importância de Ouvir os Sinais (E Não Fugir Deles)
Durante esses últimos semestres, Deus me deu vários recados de que precisava de um Retorno à Academia. Um joelho doendo é um sinal. O outro joelho reclamando é outro sinal. Ficar sem fôlego para subir escadas é mais um aviso gritante. Mas, teimoso como sou, empurrei tudo com a barriga (literalmente e figurativamente).
O resultado é que, além de perder a Corrida (esporte que eu amava de paixão), quase perco o Beach Tennis. Isso porque, nessas atividades, joelhos saudáveis fazem muita diferença. Deus estava basicamente gritando: “Filho, cuida do teu corpo, que eu te ajudo a ir longe!” e eu respondia com “Já vou, peraí…”.
Chegou a hora que não da mais para protelar. É nesse momento, nessa “última chance” que vou me agarrar ao Retorno à Academia, fortalecer essas pernas e preservar meu Beach Tennis.
Brincadeira x Responsabilidade: Equilíbrio é Tudo

Eu costumo ter um tom de brincadeira, falo que sou preguiçoso, que viro “técnico de inspeções” e tal. Mas sei que, por trás dessas piadinhas, existe a responsabilidade de cuidar do corpo que Deus me deu.
Eu não quero, lá na frente, ficar lamentando “ah, se eu tivesse treinado mais cedo, não estaria com esse problema crônico no joelho” ou “se eu tivesse me cuidado, não teria engordado tanto”. Então, encarar o retorno à academia como algo leve e divertido é bom, mas sem perder a seriedade de que isso é, sim, um investimento na minha saúde.
Retorno à Academia: O Papel da Motivação Divina no Treino
Muita gente acha estranho quando falo que oro para Deus até na hora de treinar. Mas, para mim, faz todo sentido. Se eu posso conversar com Ele sobre meus estudos, meus problemas pessoais e meu futuro profissional, por que não pedir ajuda também para agachar corretamente e não destruir meu joelho?
A motivação divina é como aquela voz de consciência, só que com muito mais sabedoria. Ela não te manda largar tudo e virar fisiculturista de um dia para o outro. Em vez disso, te lembra de que seu corpo é um “templo”, que precisa ser cuidado e respeitado.
Então, se isso me fortalece mentalmente, me dá alegria e direciona meu treino, acredito que é o melhor parceiro que posso ter.
Esperança e Orando para Seguir Firme
Termino meu post sobre Retorno à Academia com o coração grato e cheio de esperança. Hoje foi o primeiro dia. Teve insegurança, teve correria, teve timidez. Mas teve também a certeza de que estou no caminho certo, cuidando do meu corpo e mantendo minha fé.
Peço a Deus que me dê ânimo e me sustente nessa caminhada fitness de Retorno à Academia – porque, agora, não é só sobre beleza, é sobre qualidade de vida e saúde.
Deus me deu esse recado faz tempo, e, teimoso que sou, demorei a ouvir. Agora, finalmente, resolvi obedecer e correr atrás do prejuízo.
Que venham os próximos dias de treino. Que eu, pouco a pouco, vá fortalecendo meus joelhos, meu coração (no sentido literal e figurado) e minha disciplina. Que, nos dias de cansaço ou vergonha, eu encontre motivação na fé e na vontade de ser uma versão melhor de mim mesmo. E que eu consiga, finalmente, deixar de ser o “técnico de inspeções” para me tornar alguém que realmente treina e cuida da saúde com responsabilidade.
Amém e bora treinar, Senhor!
Se você gostou do post Retorno à Academia, quero te convidar a explorar por mais conteúdos como esse em meu Blog CG e também a conhecer meu Blog Vida com Jesus. Lá eu compartilho tudo que aprendi (e continuo aprendendo) sobre a Bíblia e a caminhada com nosso Senhor Jesus. Espero te encontrar por lá!
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[…] resolvi aproveitar o intervalo para ir à academia com minhas amigas. Hoje foi o meu segundo dia de Retorno á Academia, e nada podia me impedir de ir treinar. Admito que a preguiça veio, e veio com força, mas quando […]
[…] de apenas 1 horinha e, em seguida, retomar o cronograma de estudos e ir à academia seguindo o meu Plano de academia. Pois bem, fechei os olhos, exausto, e quando abri de novo… tinham se passado 16 horas! […]