Dia no Centro Cirúrgico: Desafios, Ansiedade e Aprendizados
Olha, não vou mentir: tem dias em que a gente simplesmente quer dar aquela fugidinha básica das responsabilidades, sabe? Acordar, olhar pra agenda e pensar: “Hum… hoje não vai rolar”. Pois bem, meu dia começou exatamente assim ontem, pois tinha que encarar mais um Dia no Centro Cirúrgico. Já tenho meu histórico de escapar de certas funções na cirurgia (especialmente a de instrumentar), mas, dessa vez, não teve jeito. Parece que Deus decidiu: “Hoje você não me escapa, meu filho!”.
Acordei, como de costume, pedindo socorro: “Senhor, tenha misericórdia de mim, porque hoje não tem pra onde correr”. E não tinha mesmo. Três cirurgias marcadas, nenhuma chance de me fazer de desentendido, e o meu par (aquela colega competente que topa qualquer parada) também não poderia segurar a onda sozinha. Então, lá fui eu, num misto de oração e ansiedade, rumo ao hospital.
A história que você vai ler agora é um compilado de emoções, risadas, dores nos pés, orações (muitas!), e a certeza de que, às vezes, Deus realmente usa nossos momentos de maior desconforto pra nos ensinar as lições mais valiosas. Respira fundo, pega um café (ou um chá, se preferir), e vem comigo conferir o meu dia no centro cirúrgico.
Sumário
Acordando com Deus: a prévia do que estava por vir do Dia no Centro Cirúrgico

Meu despertador tocou e eu já estava, literalmente, com a oração na ponta da língua: “Pai, hoje não tem jeito, vou ter que encarar essas cirurgias. Dá-me força, paciência, tranquilidade e, por favor, faz o milagre de eu sobreviver a isso tudo sem passar vexame”. Parece exagero, mas pra quem está ansioso, cada etapa é um desafio digno de maratona olímpica.
A escolha da roupa, a checagem dos materiais e o trajeto até o hospital foram todos acompanhados de um revezamento de emoções: medo, expectativa, esperança e aquele fiozinho de coragem que só Deus consegue colocar dentro da gente. Cheguei no hospital, coração a mil, e fui subindo rumo ao famoso centro cirúrgico. Pensava comigo mesmo: “Senhor, não me abandone! Hoje eu preciso tanto de Ti”, já estava quase olhando pro céu com um letreiro de LED escrito SOS.
Surpresas e mais surpresas: as três cirurgias no Dia no Centro Cirúrgico
A primeira cirurgia: a curetagem relâmpago
A primeira cirurgia do dia era uma curetagem. Aquele procedimento rápido, ou pelo menos teoricamente rápido, que a gente faz ali no centro cirúrgico. Pra minha surpresa (e alívio), foi tão relâmpago que nem eu nem minha colega precisávamos entrar pra auxiliar. Foi a equipe principal que tocou tudo. Eu fiquei meio incrédulo, sabe? Tipo: “Ufa, Deus, uma já foi! Será que o Senhor vai me deixar ileso hoje?”.
O procedimento terminou, e eu continuei pensando comigo mesmo: “Ok, tem mais duas pela frente. Continua aqui, Deus, não quero surtar se as próximas forem complicadas”. Mas lá no fundo, eu sabia que minha hora de encarar o desafio maior estava chegando. Afinal, não tem como fugir pra sempre.

A segunda cirurgia Do Dia no Centro Cirúrgico: teste de paciência e o ‘ranzinza que sorriu’
Logo em seguida, começou a segunda cirurgia. Me avisaram: “Ó, qual de vocês dois vai entrar?”. Eu usei a estratégia clássica de não dizer nada e esperar a decisão da amiguinha vir. Resultado: minha colega decidiu ir. Fiquei só de observador, e até dei uma respirada de alívio. Mas aí vem a parte do meu maior nervosismo: falaram que um dos médicos da cirurgia era ranzinza. Aquele tipo de cirurgião que, se a gente não fica atento, sai levando bronca até por respirar errado.
Foi então que iniciei minha oração mental: “Senhor, faça esse homem feliz hoje, pra ele não chamar nossa atenção e não descontar em nós um eventual mau humor”. E não é que o homem começou a sorrir dali a alguns minutos? Gente, eu fiquei em choque. Aquela cara fechada se transformou num semblante sereno, sorridente, quase um ursinho carinhoso. Pensei: “Obrigado, Deus! Não sei o que o Senhor tá fazendo, mas continue, por favor!”.
Apesar de toda minha animação com o cirurgião que virou “gente boa”, a cirurgia demorou uma eternidade. Sério. Parecia que não tinha fim. Eu, sentado num cantinho (graças a Deus, porque meus pezinhos já estavam reclamando), só olhava pro relógio: “Meu Pai, será que essa é uma prova de resistência?”. Podia até ter levado um lanchinho, uma almofada, algo assim. Mas não, a gente não prevê essas coisas.
Quando finalmente terminou, fiquei naquela esperança: “Ai, tomara que a última seja cancelada… vai que, né?!”. Quem nunca teve esse tipo de pensamento que atire a primeira pedra. A gente quer estudar, quer malhar, quer dormir, mas a preguiça e o cansaço gritam dentro da cabeça.

A terceira cirurgia: enfim, instrumentando!
A terceira cirurgia não foi cancelada. E adivinha? Dessa vez, sem escapatória. “Você vai instrumentar”. Eu só mentalizei: “Meu Deus, misericórdia total, porque eu não sei nem por onde começar!”.
Pra quem não sabe, instrumentar é muito mais do que ficar ali passando pinça. É organizar a mesa, conhecer o nome dos instrumentais, saber a hora certa de entregar cada coisa, prever o que o cirurgião pode pedir em seguida… É muita coisa. E, até então, eu sempre tinha conseguido fugir dessa tarefa. Era o ninja das fugas de instrumentação. Mas esse dia chegou. E, olha, foi tenso!
No início, eu tava mais perdido do que cego em tiroteio: “Isso aqui é uma Kelly reta ou curva? Como é mesmo o nome desse porta-agulha? Onde é que coloco esse fio de sutura agora?”. E meu diálogo com Deus continuou firme e forte, em pensamento: “Senhor, me dá uma luz, por favor. Me diz que instrumento é esse, me guia pra não fazer besteira, me ajuda a não cair duro no chão de nervoso…”.
Pra minha própria surpresa, eu fui pegando o jeito. Aos pouquinhos, sabe aquela coisa meio que de ‘aprendendo na marra’? Acontece que, às vezes, é preciso sair da zona de conforto pra realmente aprender. E eu entendi que Deus tava me dando esse “empurrãozinho” de leve (ou nem tão leve assim). No final, a cirurgia correu bem, fui parando de tremer na base, e saí da sala com um sentimento de alívio e uma pontinha de orgulho: “Caramba, eu dei conta!”.

Lições do Dia no Centro Cirúrgico: por que Deus não me livrou dessa?
Depois de sobreviver (literalmente) a esse turbilhão de emoções, eu saí do centro cirúrgico com a sensação de ter cumprido uma missão. E é engraçado pensar: a gente ora tanto pra que certas coisas sejam canceladas, não aconteçam ou simplesmente passem longe da gente. Mas, às vezes, Deus não livra porque Ele quer que a gente aprenda, cresça, amadureça.
No caminho de volta, quase ouvi Deus rindo de mim e dizendo: “Pois é, meu filho, dessa Eu não te livrei. E nem de muitas outras que estão por vir, até você terminar essa jornada”. A gente tende a querer as coisas mais fáceis, menos cansativas. Mas a vida não funciona assim, né? Quando a gente foge, fica sempre com aquela sensação de culpa, de que está perdendo uma oportunidade de aprender algo. E aprender pode ser desconfortável, mas no fim das contas vale a pena.
Voltando para casa depois do Dia no Centro Cirúrgico: a soneca mais longa da história
Cheguei em casa esgotado. Na minha cabeça, um plano perfeito: tirar uma soneca de apenas 1 horinha e, em seguida, retomar o cronograma de estudos e ir à academia seguindo o meu Plano de academia. Pois bem, fechei os olhos, exausto, e quando abri de novo… tinham se passado 16 horas! Gente, alguém me explica? Era pra dormir 60 minutos, dormi quase 960!
O susto foi grande: “Meu Deus, dormi o dia inteiro!”. Acordei às 9 da manhã de hoje, meio zonzo, meio frustrado por não ter dado conta das coisas que eu tinha programado. “Pisei na bola nos estudos, falhei no plano da academia, e agora?”. Mas, ao mesmo tempo, pensei: “Foram 8 horas no centro cirúrgico, cheio de tensão e adrenalina. Minha mente tava precisando de descanso”. Não sou muito resistente quando o assunto é centro cirúrgico, mesmo se passo a maior parte do tempo sentado, mas merecia um descanso de toda aquela tensão mental.

A culpa e a busca pelo equilíbrio
Tá, eu confesso que um pouquinho de culpa ficou: “Poxa, podia ter dormido umas 2 ou 3 horinhas, não 16”. Mas sabe aquela história de “impossível ser 100% em tudo”? É a mais pura verdade. Muitas vezes, tentamos montar rotinas perfeitas, metas inatingíveis e, quando não conseguimos cumprir, vem o sentimento de fracasso.
A grande lição é que devemos continuar tentando, sim, mas com um toque de equilíbrio e realismo. Se eu tiver outro dia de centro cirúrgico tão puxado quanto esse, agora já sei que vou precisar dormir cedo um dia antes e de um bom descanso depois (embora eu espere não hibernar novamente por 16 horas). Mas também não vou me martirizar. A vida é feita de altos e baixos, dias de produtividade total e dias de exaustão. Faz parte do processo.
Seguindo o plano depois do Dia no Centro Cirúrgico: estudos, academia e fé
No final das contas, não é porque falhei em ir pra academia ontem que eu vou desistir do meu projeto de exercícios físicos. Nem vou largar meus estudos porque tive um dia de sono de urso polar. Reajustar, refazer o cronograma, seguir em frente. Esse é o segredo.
Com Deus, a gente aprende que cada dia é uma nova oportunidade. Se hoje não foi como o planejado, amanhã é outro dia. E olha que interessante: às vezes, o que parecia um atraso (tipo, fui obrigado a instrumentar e perdi muito tempo), acaba sendo um ganho gigantesco. Afinal, aprendi algo novo, superei meus medos e isso vai ficar comigo pro resto da vida.
Por que esse Dia no Centro Cirúrgico foi tão marcante?
É muito comum a gente passar por situações diárias sem refletir muito. Mas esse dia me marcou porque reuniu tudo o que me deixava ansioso: cirurgias que eu não dominava, risco de ser cobrado por um cirurgião mal-humorado, a obrigação de ficar lá por horas, o medo de instrumentar pela primeira vez, e a culpa por aparentemente não estar rendendo em outras áreas da vida.
Só que, vendo pelo lado positivo, foi um dia de vitórias. Uma atrás da outra, ainda que pequeninas. O ranzinza sorriu, não tomei bronca, consegui instrumentar, aprendi o básico, fiquei um pouquinho menos ansioso com a experiência e, ainda por cima, descansei como nunca.
No fim das contas, acho que Deus quis me mostrar que nem sempre Ele vai me livrar das situações difíceis. Afinal, se Ele fizesse isso o tempo todo, eu não aprenderia nada. E a gente cresce é no aperto mesmo, quando fica sem saída e precisa dar um jeito, criar coragem, improvisar e pedir ajuda do céu a cada segundo.

Mensagem Final Depois do Dia no Centro Cirúrgico: Aceitar, Aprender e Recomeçar
Então, decidi parar de fugir. Ou, pelo menos, tentar. Sabe, é bem melhor encarar logo a situação do que ficar alimentando a ansiedade e fazendo o dobro de esforço só pra escapar. E não tô falando que a partir de agora tudo é fácil e maravilhoso. Longe disso. Mas ter me saído razoavelmente bem (ou, pelo menos, não ter desmaiado) me deu confiança pra uma próxima vez.
É como se Deus estivesse me dizendo: “Viu? Você achava que ia ser um caos total, mas eu estava ali, bem do seu lado, te ajudando a cada passo”. A gente subestima muito a nossa capacidade e a capacidade divina de nos amparar. Pode vir mais cirurgias, mais instrumentações, mais provas de fogo; eu vou entrar, meio tremendo, mas ciente de que não estou sozinho.
E, claro, aprendi a dar uma segurada nas expectativas quanto à rotina pós-plantão. Se eu estiver exausto, dormirei o necessário (mas quem sabe eu coloco uns três despertadores pra não estender a soneca por 16 horas de novo, né?). Vou continuar firme nos meus estudos, vou retomar o projeto academia, e a vida segue.
Porque no final, o que importa é não desistir. Errou hoje, corrige amanhã. Caiu, levanta. Deu certo, comemora. E assim a gente vai, com a graça de Deus, aprendendo, crescendo e vivendo cada dia de uma vez. Afinal, meu Dia no Centro cirúrgico foi só um capítulo dessa jornada. E se dependesse de mim, sinceramente, teria sido cancelado. Mas ainda bem que não foi, pois as lições que tirei dali valem pra muito mais do que a medicina ou a instrumentação — valem pra vida inteira.

Fica a Dica: Siga em Frente!
Esse foi meu dia: um turbilhão de orações, tensões, risadas, revelações e, sobretudo, aprendizados. Antes, eu queria fugir. Agora, percebo que não é fugindo que a gente cresce. É se dispondo, encarando, e confiando que Deus, no final, orquestra tudo para o nosso bem. Deu certo, de alguma forma.
Então, se tem algo na sua vida que você está protelando por medo, ansiedade ou simplesmente por achar que não vai dar conta, fica aqui a dica: às vezes, vale mais a pena encarar do que viver fugindo. Quem diria que eu, o maior fujão de instrumentar cirurgias, ia terminar o dia dizendo: “Não foi tão horrível assim, e até aprendi bastante!”. Deus sabe o que faz, e nós só descobrimos depois que passamos pela experiência.
Seguir em frente, pedir coragem, descansar quando for preciso e não se culpar tanto assim por não conseguir fazer 100% de tudo todos os dias — esses são os ingredientes pra manter a sanidade mental e continuar evoluindo. E quer saber? Eu tô pronto pra encarar.
Fico por aqui. Até logo e que venham as próximas aventuras no centro cirúrgico (ou fora dele)!
Gostou do post do Dia no Centro Cirúrgico? Quero te convidar a explorar por mais conteúdos como esse em meu Blog CG e também a conhecer meu Blog Vida com Jesus. Lá eu compartilho tudo que aprendi (e continuo aprendendo) sobre a Bíblia e a caminhada com nosso Senhor Jesus. Espero te encontrar por lá!
Sobre o Autor
0 Comentários